Bak é processado pela paiN Gaming; organização pede R$ 1 milhão
O jogador e influenciador assumiu o compromisso de firmar contrato com a organização logo quando se desligasse da LOUD
Gabriel “Bak” Lessa, um dos principais jogadores do cenário competitivo do Free Fire, está enrolado até o pescoço com processos judiciais. Gigantes do Esports, LOUD e paiN Gaming processam o atleta por quebra de contrato e a última ação foi peticionada em 24 de fevereiro de 2022.
À princípio, através do processo número 1017090-29.2022.8.26.0100, a Pain Gaming Esportes Eletrônicos Eireli-ME (paiN Gaming) acionou a 32ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo e pede a bagatela de R$ 1 milhão de reais em desfavor de Bak.
Vale lembrar que, em 17 de abril de 2021, o Free Fire Mania chegou a divulgar uma notícia informando que Bak teria assinado um pré-contrato com a paiN Gaming e retornaria com o time dos sonhos jogando ao lado do Dantes, Since e companhia na equipe emulador da paiN Gaming. O fato não ocorreu e o jogador firmou contrato com o Fluxo em 2 de agosto do mesmo ano.
Por que a paiN Gaming está processando o Bak?
No geral, o processo da paiN Gaming contra o Bak ocorre porque o jogador assinou um memorando, uma espécie de pré-contrato, assumindo o compromisso de firmar contrato com a organização logo quando se desligasse da LOUD. O fato ocorreu em 22 de março de 2021, três dias depois de Bak ter comunicado a LOUD de que rescindiria contrato com a organização.
Segundo a organização, Bak deveria assinar com a paiN quando o influenciador se desligasse oficialmente da LOUD e estipulava que, em caso de proposta de outras equipes, Bak deveria comunicar a paiN para que o clube tivesse a oportunidade de cobrir a oferta.
De uma forma direta, o memorando de entendimento é um acordo firmado entre duas ou mais partes para alinhar os termos e detalhes de um entendimento, assim como seus direitos e deveres.
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Valor inicial é de R$ 1 milhão
Ainda conforme o processo, a paiN Gaming solicita na justiça que Bak informe quanto está ganhando no Fluxo. Isso porque, segundo o memorando assinado, a org deve ser indenizada em 10% do valor do total dos contratos assinados por Bak com outra equipe.
Além disso, consta no processo, o Bak foi quem procurou a paiN Gaming antes mesmo de sair da LOUD.
Bak se defende
Através da assessoria de imprensa, Bak se defendeu em um comunicado:
Em relação a este processo, não podemos nos manifestar porque ainda não tomamos ciência do mesmo. Mas já podemos esclarecer as questões envolvendo este memorando mencionado, onde o Gabriel, após comunicar oficialmente sua saída da LOUD, foi procurado não só pela Pain, mas por diversas equipes do cenário.
No caso da Pain, ele assinou este memorando de entendimentos (condição essencial exigida para a continuidade das conversas), mas o referido instrumento serviu apenas para amparar a discussão dos termos durante a negociação, que posteriormente deveriam ser formalizados e discutidos mais a fundo no contrato. Durante este período, o atleta deixou claro que sua escolha não estava baseada apenas no fator financeiro, porém as condições oferecidas pela Pain não favoreciam seus objetivos pessoais, como, por exemplo, a liberdade para projetos autorais, ponto determinante para avançar nas negociações. Com isso ele entendeu que os termos contratuais oferecidos não eram os que almejava para sua carreira. Sem acordo entre as partes, ele encerrou as negociações, seguindo seu caminho em direção a outra organização que atendesse suas necessidades profissionais.
Gabriel reforça que permanece íntegro aos seus princípios e sempre negociou nos termos da boa-fé contratual e do bom relacionamento entre as partes, respeitando o período de negociações, e só iniciando novas conversas após encerrar as tratativas com a Pain.