Polícia Chinesa acaba com maior grupo de criação de hacks para Free Fire do mundo

Grupo acumulou mais de 4,3 bilhões de reais e viviam em uma vida de luxo e carrões.

30 de março de 2021 Ronny Rolim

A Tencent, empresa que possui participação na Garena, junto com a polícia chinesa, trabalharam em conjunto para o encerramento do maior grupo de fornecimento de hacks do mundo. O negócio rendeu mais de R$ 4 bilhões. O caso foi iniciado após relatos iniciais às autoridades chinesas em março de 2020.

Doze meses depois, a operação terminou com o encerramento das atividades do grupo. Ganhavam cerca de R$ 57 mil por dia, ao fornecer hacks para alguns dos games mais populares do momento, o Free Fire era o maior alvo. Até ser encerrado, o grupo acumulou US$ 760 milhões (cerca de R$ 4,3 bilhões).

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Revendedores de hacks também foram presos

Para lidar com o maior grupo de criadores de cheats em todo o mundo, a polícia chinesa atuou em diversos locais, resultando no fechamento de 17 sites e prisão de diversos revendedores.

Os responsáveis pelo grupo de criação e venda de hacks viviam em meio a luxo. Alguns compravam carros exóticos, com valor de milhões de dólares, enquanto outros investiam em criptomoedas ou propriedades.

Os serviços do grupo eram usados, na sua grande maioria, dentro da China. Mas também forneciam seus serviços para sites em todo o mundo. O foco principal estava nos games para celulares, como Free Fire, mas jogos como Overwatch e Valorant também contavam com trapaças disponíveis.

Os hacks tem afetado de maneira direta todo o universo dos games multiplayer online competitivos. Praticamente todos os games tem que lidar, de uma forma ou de outra, com esta questão. Para alguns, comprar hacks neste jogo é interessante, o que gera a demanda e a grande procura para a criação de negócios milionários como este que foi encerrado.

O grupo monetizava em base de assinatura. Os jogadores compravam assinaturas para usar os cheats por um determinado período de tempo. De acordo com relatórios apresentados, as assinaturas custavam US$ 10 por dia, US$ 50 por semana, ou US$ 200 por mês. O assinante teria acesso à base de trapaças para ser utilizado no game, enquanto assinante.