Fim do cenário emulador no Free Fire? tudo que você precisa saber
Influenciadores e youtubers comentam sobre a situação atual do cenário emulador do Battle Royale
Desde o seu lançamento em agosto de 2017, Free Fire sempre foi um jogo conhecido mundialmente por rodar em aparelhos de baixo custo, os famosos celulares baratinhos. Embora o jogo tenha sido planejado e projetado para celular, sua jogabilidade simples e as características técnicas do APK se deram muito bem em emuladores, programas que permitem rodar aplicativos Android em um computador.
Com a fama e o todo o alcance projetado pelo Battle Royale da Garena, Free Fire logo se tornou um game de recordes, seja de público, receita ou visualizações em vídeos. Do mesmo modo, mais de 150 milhões de pessoas passaram a jogar Free Fire diariamente.
Rodrigo “El Gato” Fernandes, um dos maiores streamers mobile explicou em 2020 as vantagens de se jogar no emulador.
Com tanta gente jogando Free Fire e, em sua grande maioria, usuários móbiles (que jogam em celulares), surgiram as reclamações das vantagens que existiam quando um jogador utilizando emulador disputava com outro jogando em celular.
- Verdade: Free Fire foi pensado para uma experiência imersiva no celular.
Divisão mobiles e emuladores no Free Fire
Em outubro de 2021, a Garena decidiu por atender o apelo dos jogadores e implementou um algorítimo que dividiu os jogadores mobiles e emuladores nas partidas do Free Fire. De maneira idêntica que acontece em outros jogos como PUBG e COD, jogadores ficaram divididos de acordo com sua plataforma de jogo (mobile x emulador).
Juntamente com a separação de plataformas, por se tratar de um pequeno grupo de jogadores, os emuladores começaram a enfrentar problemas para encontrar partidas e começaram a cair com bots após longos tempos de espera para entrar nas partidas.
Apesar de apenas uma pequena parte dos jogadores utilizarem emuladores, o contexto da situação foi enorme devido aos diversos youtubers e influenciadores que utilizam a plataforma. Como resultado de críticas feitas pelos seus próprios influenciadores, a Garena se tornou a vilã da história e os youtubers começaram a jogar em outros servidores que ainda não haviam implementado a divisão.
- Mito: a separação emulador x mobiles não aconteceu apenas no Brasil e sim em todos os servidores, porém, em datas diferentes.
Garena Free Fire regulamenta cenário competitivo de emuladores
Antes mesmo da separação emulador x mobile acontecer de fato no Free Fire, o cenário competitivo ficou sabendo das novas regras que a Garena do Brasil determinou a fim de preparar o cenário da categoria.
- Verdade: a Garena do Brasil implementou regras em campeonatos de emulador de modo a padronizar e profissionalizar o cenário.
Entre todas as regras, que podem ser visualizadas neste link, a que obriga a participação de jogadores mobiles foi uma que teve a maior rejeição.
- Para cada time participante no Campeonato deve existir, a todo momento, no mínimo, 2 jogadores mobile atuando na partida vigente;
Fontes ouvida pela Garena, que não quiseram se identificar, deixaram claro que o objetivo de tais regras era salvar o cenário de Esports do jogo.
Além disso, algumas competições de emuladores tinham apoio de patrocinadores famosos como Coca-Cola e premiações de milhares de reais, onde nem ao menos a marca e os direitos autorais da empresa eram respeitados. Assim como cada organização criava suas regras, impedindo personagens, mapas, armas e outros itens disponíveis no jogo. Com isso, muitos jogadores que utilizam apenas celular se sentiram desencorajados a competir.
- Mito: a Garena não proíbe patrocínio à times emuladores de Free Fire, a regra ressalva apenas a exclusividade da LBFF.
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Afinal, o cenário competitivo de emuladores acabou no Free Fire?
Nas redes sociais, muito tem sido falado nos últimos dias sobre o fim de organizações tradicionais do cenário emulador do Free Fire. Apesar de nada estar confirmado, boatos que a B4 (Bastardos) e GOD (Deuses) irão encerrar suas atividades nesta categoria são enfáticos.
Embora tenha se falado apenas das duas organizações, muitos fãs e outros influenciadores tem questionado sobre o fim do cenário competitivo do Battle Royale da Garena.
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Bernado Assad (responsável pela NFA) e GE Marangoni (Fluxo) foram além. Em uma thread interessante no Twitter, os dois conversaram sobre o futuro do cenário emulador de Free Fire.
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Marangoni deixou claro que não há necessidade de profissionalizar o cenário e tão pouco citou a Garena no seu texto. Para ele, os responsáveis pelas equipes deveriam aproveitar o apoio patrocinado de grandes empresas e formar uma grande liga com as maiores organizações.
Por sua vez, Bernado enfatizou sobre a ajuda de custo (subsídio) dado pela NFA aos times em 2021, fato que ajudou a manter diversas organizações pequenas e médias no cenário. Com o fim deste subsídio, muitas equipes e jogadores tem reclamando da situação abertamente nas redes sociais e colocam a culpa na Garena.
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De fato, o cenário competitivo emulador do Free Fire não acabou e ainda está longe disso. O jogo vem passando por um momento de estabilidade em números de downloads, receitas e visualizações. Nesse sentido, as equipes e organizações precisam se adaptar ao novo cenário.
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Além disso, com a possível saída de algumas equipes do cenário, outras logo irão se estabelecer no jogo, faz parte do processo de amadurecimento do cenário e do jogo.