Filho gasta cartão no Free Fire e mãe só descobre quando aciona a justiça

A dona de casa disse que procurou, inicialmente, o Procon de Goiânia, em junho de 2019.
Filho gasta cartão no Free Fire e mãe só descobre quando aciona a justiça

Ronny Rolim

Uma dona de casa de 41 anos foi surpreendida ao descobrir que seu filho, hoje com 10 anos, gastou R$ 440,90 no cartão de crédito dela para pagar itens no Free Fire, jogo Battle Royale da Garena, depois de ingressar com ação na Justiça, em Goiânia, exigindo devolução do valor em dobro e indenização por danos morais. Ela teve os pedidos negados.

A decisão é do 10º Juizado Especial Cível da comarca de Goiânia, que rejeitou os pedidos da dona de casa Danúbia Messias de Sousa Marques contra a BV Financeira, por 11 compras cobradas no Google Pay pela Garena, administradora do Free Fire, e outras quatro pela Supercell, desenvolvedora de jogos para dispositivos móveis.

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A dona de casa disse que procurou, inicialmente, o Procon de Goiânia, em junho de 2019, logo após receber a fatura de seu cartão de crédito e desconhecer as cobranças, consideradas por ela como indevidas. De lá para cá, segundo a mulher, houve várias tentativas de resolver o impasse administrativamente, mas sem êxito. 

Não é necessário o código de segurança para compras em jogos

imagem Free Fire
Aniversário Free Fire

Danúbia contou, ainda, que questionou a cobrança indevida porque cadastrou os dados de seu cartão na conta do Google no celular ao fazer a compra de um curso on-line. No entanto, conforme acrescentou, jamais imaginaria que qualquer operação de compra do jogo virtual poderia ser realizada sem informar o código de segurança, grafado no verso do cartão.

A defesa da empresa disse à Justiça que as compras contestadas foram realizadas dentro de aplicativos de celular e jogos eletrônicos. Para isso, segundo os advogados da BV Financeira, foi utilizada conta em nome da dona de casa, inclusive, com o endereço de e-mail dela.

Dessa forma, posteriormente, a empresa informou que não houve qualquer falha ou má prestação de serviços por parte da dona de casa. “Pelo contrário, todos os supostos transtornos e danos morais foram causados exclusivamente pela autora, que utilizou ou permitiu a utilização de sua conta em loja de aplicativos para celular”, diz a contestação.

Filho jogando Free Fire
Free Fire

Depois de ter os pedidos negados pela Justiça e se ver obrigada a pagar os valores cobrados na fatura, Danúbia disse estar revoltada e defende que as empresas exijam código de segurança dos cartões de crédito para finalizar compras dos jogos.

Para evitar que o problema se repita, ela deu ao filho um celular apenas para jogos, sem cadastro de dados de qualquer cartão de crédito ou conta bancária. "A gente comprou um celular mais barato para ele", disse.


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